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Mostrando postagens de 2015

ARFAR

Penso olhares que deitei Perdidos olhares Pela ternura dos encontros No escuro de mim mesmo Lampejos Ficaram soltos N’algum recôndito D’alma Soltos Abandonados Vadios Andarilhos Uma estrada Um caminho Rasgando o horizonte Da campina Repentino riacho Cascata Queda d’água... Respingos refrescam Umedecem Ofegante respiro Suspiro Um nome Qualquer Bem-me-quer Pétala a pétala Do bem, do mal Olhar tristonho Sorriso discreto Secreto Deitado Florescem momentos Saudados Pela saudade ficante Edificante Momentos sobrepujam a vida O amargo fenecer Da primavera O mato diverso Perverte Toma conta Dos sentimentos Caídos Sentimentos como a tênue Como a frágil Como a breve Flor do campo Sentimentos como o despertar De um sonho Divino Inspirado Sentimentos como um verso Reverso Que perdeu a rima Como o poeta fingidor Pessoa Sentimentos como a canção de Milton Nos en

De Leve

Consolo... Pelo   suelo   da noite vagar Flerto contigo Sonhos Noturnos Vaguei em teus lábios matinais Abriguei outra realidade Em teus afagos Agora, sonho acordado Perto mais que distante Com ti, o solo que pudesse pisar Dirijo meus passos perdidos Digerindo a noite passada Noite que não se repete Voltas em versos A sensação não esvai porém És uma ilha A noite uma nau Não haverá outra Imponderável O desejo marcou De leve Teus lábios hoje beijei De leve, misteriosa Tua nau se perdeu Pelo oceano que sou eu

SILENCIOS A VER

Lone far away kiss Amor solitário Nada mais perene Que a memória De um beijo Poderia ser Suspiros de vagar... Como a paixão Como o silêncio a ver Meus lábios trêmulos Lábios mordidos pelo instante Que chegou tão perto Versos que emudecem Um café compartilha a tarde Ausente, ausentes... Busco tão só Tão só na despedida O toque Seus lábios molhados: Um momento além do sonho De poder querer Perdido Um querer perdido No tempo Do silêncio pousado em nossas entre mãos Um rompante Ao deus dará Ao léu Ao céu Releve o meu beijo Beijo não sofrido Beijo guardado em silêncio Silêncio declarado Silencio declamado Your close face Close so far Like you and I Like a coffe break for life Destinos cruzados Silenciosas vidas Amadas a esmo

VERSOS EM DESALINHO

Palavras que desenham Um mundo Esse mundo Outro mundo Meu mundo Nosso mundo? Uni-versos paralelos De poesias concretas Paralelas opiniões Desalinhadas assimetricamente Entre linhas e pontos de vista e contemplação Palavras que desdenho Por quer comparar

em prantos

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lágrimas contadas contas-de-lágrimas do campo verdes lágrimas de nossa senhora que amadurecem brancas que amadurecem negras no cerrado dos meus olhos em prantos

mamão

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cores lançadas ao céu fruto do esplendor alimenta pássaros e as raízes do meu insano desejo de voar até te encontrar a fruta amadurece como eu ao pé de ti.. mesmo verde, servi aos pássaros enquanto tu ao céu que chove...

No come back

no come back, no come back saudade que não se sacia de repente, no more... não mais que de repente o tempo ausente que se fez presente para nunca mais voltar no come back saudade que não se sacia o amor é um tempo cíclico

Raras precisões

  Preciso (de) um café alvo como a noite negro como a manhã Sou assim de contrastes, de contradições do que é permitido, lícito, manifesto do que é proibido, vedado, velado Permeio entre conceitos construídos, vividos como nós que atam a vida A cultura do café, meu povo Negra como a força Rubra como sangue que não deixa passar em branco a colorida manhã de um arco-íris Que chova, que faça sol para brotar um colorido dia! Preciso de um café amargo para navegar Na doce indecisão desse ainda impreciso dia que opõe o barco ao mar o gozo à vida a morte à vida Viver não é preciso mas um café  é tudo de que agora preciso 

VAGO CORAÇÃO

 Vago... perdido olhar que se foi mas persiste uma pedra verticalmente lançada nas sombras desses dias Rastros das memórias que habitam não se sabe onde vagas do mar lampejos do porvir Casos que não soube contar Sinto quando leio permeio os desgastados dias vagamente à força das lembranças uma a uma outras mais ressuscitam você vaga a nossa mente no vago do nosso coração andarilho 04/06/2015

Descaminho

Meu descaminho diz de você que virou um grito mudo de sofreguidão

O QUE FALTA DIZER NO SILÊNCIO

O que falta dizer no silêncio de nossas palavras abunda, precipita, faz vibrar um corpo etéreo preso nos limites do dito pelo não... No etéreo silêncio o nariz de palhaço um rosto que sempre sorri Uma alegria contida assim como tu assim como eu há não há... Por detrás da fantasia arde outra que queima Meu rosto enrubesce minha alma desce... Somadamente intimamente pelo viés que  a alegria mascara no aperto do aço do dia aquele em-laço do peito aberto abraço Há dia de palhaço que me faz rimar sem métrica No súbito do que falta dizer, só o silêncio, à porta da poesia, me comporta  Calamos para sufocar essa inaudita alegria palhaça

VOZ (ME) CÊ CERCADA

Um passeio declarado em sonhos Em noite de maio recebo você Ficamos por esses caminhos Um pretexto marcado começa no shopping dos devaneios Mãos improváveis se buscam Estampados sorrisos de palavras afins De mim, dela, todas verdades se cruzam em olhares rubros de discretas lembranças sussurradas por um sonho atado e desfeito em nós De um leve contorno nos lábios, almeja viver a provável poesia silenciada pela manhã seguinte Mas a tormenta dos sentidos abolidos reage ao esquecimento Nem passado ficou Nem tempo algum A tempestade pré-vista sucumbe em solos profundos De mim fica a voz Voz (me)cê cercada de limbos pérfidos perdidos Uma história... há mais versos Versos apenas que não rompem o desejo Vivo de sonhos contidos Não há dia das mães

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO

Seus beijos, em meu sonho, acontecem simplesmente são gestos sem palavras que me trazem você sim ali alicia a alma, acordando a paixão... é sexta-feira buscamos a cumplicidade de um banco de jardim a praça é povoada  por sonhos nomes, amores perdidos, escondidos nos versos perco-me de ti um nome que soa nota repetida que, sem saber, lia que, sem saber porquê, via que, sem saber como, quero... sonhos não dão respostas sozinho novamente em uma chuva benfazeja no centro da cidade quero que me escorras à flor da pele que venha até mim pelo clamor pelas imagens em silêncios em sonhos  (não) compartilhados

FORA DO EIXO

A companhia do seu sorriso Aqui e aqui, fora do eixo Fora do tempo Jamais sei onde estou Na poesia,  você me visita Me tem como quer Não me curo jamais de você A distância do seu toque envolve Escrevo carta de alforria Para me ver livre escravo seu A chuva teima não vir Mesmo que ela não venha... O encontro com palavras chove Na precipitação dos versos Chove aqui e em você também Chovo no seu banho Ver-sós com você  além dos muros, Além dos mudos mundos além

Kiss me first

roubar a sua mão escondida para  ser punido com um discreto sorriso de tudo, a noção perder nesse jogo precisar de uma segunda chance para encontrar no seu,  o meu perdido olhar o  carinho de minha mão sopra em seu rosto ganhamos uma fugidia lembrança the game is (not) over play me again, but kiss me first I want lose myself in this your game roubar a sua mão escondida para ser punido com seu discreto sorriso

Poderia ser várias coisas

Poderia ser várias coisas como o sol e o céu e a água (que a todos banham) Poderia ser como um animal selvagem (que segue seu instinto primitivo) Poderia ser uma casa ou uma caverna (que dá abrigo) Mas não poderia ser o terror de uma caricatura burlesca (que me assaltaria a alma) (que me mataria a traição) Apesar de fazer Paris (de rir) chorar Lamentável (mente)muitos lá e aqui são caricaturas da Charlie Perderiam, então, suas vidas por uma piada do pasquim? Alimentariam o terror de seus (pre)conceitos? Sinto muito... porque há muito para sentir e muito para viver Maomé e todos os profetas e todos os santos e de todas religiões não valem a pena Assim como a pena da charge da Charlie deles também Who drew first? I don’t know E também não interessa, e também não importa Se ambos podem morrer todos os dias Em uma guerra, a piada, uma mal dita palavra  pode ser tão perigosa, pode ser tão danosa quanto um