O que falta dizer no silêncio de nossas palavras abunda, precipita, faz vibrar um corpo etéreo preso nos limites do dito pelo não... No etéreo silêncio o nariz de palhaço um rosto que sempre sorri Uma alegria contida assim como tu assim como eu há não há... Por detrás da fantasia arde outra que queima Meu rosto enrubesce minha alma desce... Somadamente intimamente pelo viés que a alegria mascara no aperto do aço do dia aquele em-laço do peito aberto abraço Há dia de palhaço que me faz rimar sem métrica No súbito do que falta dizer, só o silêncio, à porta da poesia, me comporta Calamos para sufocar essa inaudita alegria palhaça