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Mostrando postagens de maio, 2015

Descaminho

Meu descaminho diz de você que virou um grito mudo de sofreguidão

O QUE FALTA DIZER NO SILÊNCIO

O que falta dizer no silêncio de nossas palavras abunda, precipita, faz vibrar um corpo etéreo preso nos limites do dito pelo não... No etéreo silêncio o nariz de palhaço um rosto que sempre sorri Uma alegria contida assim como tu assim como eu há não há... Por detrás da fantasia arde outra que queima Meu rosto enrubesce minha alma desce... Somadamente intimamente pelo viés que  a alegria mascara no aperto do aço do dia aquele em-laço do peito aberto abraço Há dia de palhaço que me faz rimar sem métrica No súbito do que falta dizer, só o silêncio, à porta da poesia, me comporta  Calamos para sufocar essa inaudita alegria palhaça

VOZ (ME) CÊ CERCADA

Um passeio declarado em sonhos Em noite de maio recebo você Ficamos por esses caminhos Um pretexto marcado começa no shopping dos devaneios Mãos improváveis se buscam Estampados sorrisos de palavras afins De mim, dela, todas verdades se cruzam em olhares rubros de discretas lembranças sussurradas por um sonho atado e desfeito em nós De um leve contorno nos lábios, almeja viver a provável poesia silenciada pela manhã seguinte Mas a tormenta dos sentidos abolidos reage ao esquecimento Nem passado ficou Nem tempo algum A tempestade pré-vista sucumbe em solos profundos De mim fica a voz Voz (me)cê cercada de limbos pérfidos perdidos Uma história... há mais versos Versos apenas que não rompem o desejo Vivo de sonhos contidos Não há dia das mães