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Mostrando postagens de maio 12, 2015

VOZ (ME) CÊ CERCADA

Um passeio declarado em sonhos Em noite de maio recebo você Ficamos por esses caminhos Um pretexto marcado começa no shopping dos devaneios Mãos improváveis se buscam Estampados sorrisos de palavras afins De mim, dela, todas verdades se cruzam em olhares rubros de discretas lembranças sussurradas por um sonho atado e desfeito em nós De um leve contorno nos lábios, almeja viver a provável poesia silenciada pela manhã seguinte Mas a tormenta dos sentidos abolidos reage ao esquecimento Nem passado ficou Nem tempo algum A tempestade pré-vista sucumbe em solos profundos De mim fica a voz Voz (me)cê cercada de limbos pérfidos perdidos Uma história... há mais versos Versos apenas que não rompem o desejo Vivo de sonhos contidos Não há dia das mães