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EGOÍSMO

Se puder, perdoa a mim, O fardo de egoísmo Que carrego comigo  De ser quem eu sou Se não, ao menos,   Suporta meus arroubos Quando revolto a ti, Algum carinho Poderia me quebrar Por inteiro em pedaços? Talvez, assim, partido te escandalize menos Esse perdido coração Que não ora mas chora Não é altruísta Mas se comove E pede, com paixão, De tua mão, o acalento Que não rima mas acalma Talvez eu tenha alguma alma

ADRIANO

Impronunciável, minha ausente palavra Faltavam águas frias e abertas a conquistar Todo céu, jogado ao verde e silencioso grito Da minha respiração Mar e maresia, imprecisa maré, me lanço e me jogo Preciso do nada e da dor Leve a dor que me leva Onde ondas, uma delas, é encontro De céu, água e ar Minhas mãos, uma a uma, ferem a superfície Para o fundo de mim mesmo alcançar Lá Ele, o todo poderoso, não sabe o que faz Eu sei Desfaço como a memória das águas Ausentes e improváveis Palavras nadam comigo Em todo lugar Poucas palavras Muita vida

ENTERNECER

Brisa Tarde Sabor forte Pele Umedece meus lábios Toque do sol Teu toque Sangue que ferve Acalento de mulher Caminhos Desvios Encruzilhada de encontros Sempre lembranças Versos diversos Pedidos vão-se embora Ficarias comigo Tu e a tarde ? Calor marcante Agora tremo Lábios Mordo os teus Forte sabor Fica a brisa De enternecer

MERGULHO

Beijam meus lábios Rastros de água A piscina transborda E me persegue Nadamos corpo a corpo Embriaga-me sua lucidez Segredos e cerveja O copo um do outro Onde o sol estava... Estava você, rastros e ilusões Óculos escuros abrandam a visão Água nos lábios me beijavam O mergulho envolvente De um abraço molhado... Subimos? Sozinhos? À tona? Ofegantes, distantes, acordados... 

COMETA

Repentinamente O véu interesse, a larga oportunidade Rasgam o céu de meras desculpas Perdidos em distantes olhares Fogo em meus céus: desculpas Eu, perdido em culpas Perdidos amores Sem casar olhos em pares O cometa se vai... Sua breve visita, imagem flamejante Nebulosa como um talvez Ela se desfez Mas, soterrada em mim, não se desfaz Rastros derramados, esparsos... Como seguir sua pista no azul celeste Pelas órbitas das estrelas? Distante, distante... Como alguém afastada, distante assim Corre sem risco algum Eu a escrevo, mas ela se apaga De mim

CLAIR DE LUNE

Mais que frio  Piano e uma sonata Beethoven maior Clair de lune A música faz vibrar A distância do amor O silêncio dos lábios Que não se tocam A melodia marcante Repete o adágio desejo... Oh desejo! Encore pour elle O tempo faz ressoar, Escondido no peito, os frios E faz vibrar a alma. Ah mar! Almas emparelhadas A janela orvalhada chora Um dia de domingo Que, lentamente, se vai... Um tempo mudo me deixas Queixas tristemente blue Leva tudo que talvez teria guardado Escondido nas músicas Segredos que agora tocam o alvorecer O que faço contigo? Com o teu frio, com esse teu sabor? Outro dia, outro amor Outrora vida Sonho, o sonho que talvez tivesse Ousei conhecer em plalavras... O rio frio de silêncios

PALAVRAS QUE TEIMAM

Céu limpo Ímpio frio Silêncio de praia deserta Ondas distantes falam Quando  beijam  a areia  Aos meus pés, trazem sonhos Todo mar e todo horizonte juntos Constantemente, o céu é ela Constantemente, o mar sou eu Entre mundos, desembarcam sonhos À deriva, palavras não querem... Elas teimam não naufragar com a nau Abandonada

SE HOUVER ESSE DIA

Os sentimentos... Onde se alimentam? Os encontros... Como são marcados? Os pedidos... Quem os atenderá? As despedidas... Quando virão? A vida...  M eus sonhos Alimentam a alma Neles, encontro essa Essa paixão O coração perdido pedia você Não sei em que vida me perdi Sonho é  tudo que tenho Rogo que fique o utra eternidade Comigo a ntes da despedida Se houver esse dia...

INFINITO LANCINANTE

Imagem
O que fazer com toda poesia Que fica? Que finca em nossa alma? Tudo tão breve Tudo tão intenso Como o mar Como a rocha Uma brisa Um sopro de vida... O céu devora o horizonte Do meu olhar perdido à deriva A barca vai... Para onde? Se perde em uma canção O canto de sereia existe Navego em uma lágrima Que aquece Que  escorre Da minha para a tua face como um beijo Guarda o segredo desse amor O segredo da dor e da flor Serena tempestade Dos versos Não consigo dizer todos eles Que brotam Talvez o abraço ...O beijo... Desejos puros Puros da solidão Me despertem No teu colo Nada mais Tive tudo Tudo de um amor Que invadiu e levou O que era seu Nada deixou para trás Nem sonhos Nem ilusões Nada Queda o silêncio Que sempre tive A poesia que não era minha 0  New Responder

ÁGUAS

Uma lágrima Que brota escondida No canto  do meu olho Diz o que sinto por ela...

HISTÓRIA

A história é tirana. Eu não sou revolucionário.  Seu poder oprime meus dias passados Afasta o novo dia que clamo meus dias incertos Condena-me à repetição meus dias presentes  Repetição, repetição... Destino que me colhe. Sem acolhida Repito a mesma ação  Nessa história de tiranias.

Destino

Viagem: destino de uma vida Preso a ele, não há regresso? Escapulir...

Futuro Ausente

Grito, grito teu nome. Segredo, segredo que guardo. Silêncio, silêncio que faço. Mesmo para ti. Por que não me perco... Se me vejo perdido por ti? Lateja. Lateja um mar que arrebenta. Arrebenta-me contra as rochas. Pulsante vive o coração. Todo teu mar Deságua em meu rio. Mas se não vens, se não virás... Que deserto! Vagas tristonhas. Vago em versos, Em músicas, Em sonhos... Infinitos paralelos, Pares,  Elos perdidos; Achados. But no hope For us? I hope A missing future To be... coming

DIZENCONTRO

  Avuto de ti Solo la poesia Alguns minutos de você Uma eternidade que vale a pena Sua alma agiganta em meu ser Mordo o lábio inferior Seu rosto é tudo que vejo Solta os cabelos presos  Volta a prendê-los E diz meu nome Se tivesse você Se por um dia apenas... Tivesse que fosse você Queria poder a qualquer hora A qualquer dia, Em qualquer noite... você Além dos limites da minha poesia, Um abraço... Além da prosa quixotesca Um beijo... Quando os moinhos de vento Sopram meus sonhos, Desperto ferido Aos pés de minha Dulcinea O que resta de mim? Sou apenas a lembrança do vento A acariciar seu meu rosto Um doce encontro Digo do amor Falo da minha vida anterior Flerto com o elo perdido Em nosso dizecontro Simplesmente amo, amo e... Não quero nunca mais esquecer ...essa paixão

ESSA

Eis que me encontro No meio das palavras Querendo um pouco mais de ti Um pouco mais do teu sorriso fortuito Mais da tua poesia Do teu me cativar ainda mais Um pouco mais de tua mão Do teu toque mágico quando Toda Via Quando todos caminhos Têm um pouco de ti E nada mais Absolutamente... e ssa mulher Nado por isso n o olhar dela Um pouco mais, ainda mais Nesse improvável encontro Esse oposto de nomes And... so further

PASSADO QUE NÃO CHEGA

O que escrever? Escrever apenas Versos de versos Nada mais Sol da manhã desperto Livro do lado Ninguém por perto Meu deserto Minha música em dia Esquecer de lembrar Sair daqui Ver Ser Ter não ter Café um pó, pouco da manhã Um tolo, tola masturbação... O que vinga? Quem planta? De que plantação brotam Os sonhos? Como retornar à note...? Que um nome de mulher Afligia? Lá fora Cá dentro Tento o calor Quente cobertor Travesseiro abraço Gesto e caminhos Carminho canta Carinhos, onde estariam? Canta a musa portuguesa Não me descobririam Inventaria uma nação Para ter, para tê-la comigo Nas estrelas, as estrelas guiam Contemplo um céu longínquo Nalgum lugar me perco Sideral animal Uma âncora... Meu corpo prende a alma Oh, mar! Oceano que clama Tudo leva todos, a maré Ainda quedo, queda Brisa leve se eleva Levada por um beijo de beija-flor Cuitelinho enamorado Rosa flor do alvorecer Botão, pendão que não cai Mesmo que não queira À beira do caminho Deixado est