INFINITO LANCINANTE

O que fazer com toda poesia
Que fica?
Que finca em nossa alma?
Tudo tão breve
Tudo tão intenso
Como o mar
Como a rocha
Uma brisa
Um sopro de vida...

O céu devora o horizonte
Do meu olhar perdido à deriva

A barca vai...
Para onde?
Se perde em uma canção
O canto de sereia existe
Navego em uma lágrima
Que aquece
Que  escorre
Da minha
para a tua face
como um beijo

Guarda o segredo
desse amor
O segredo da dor e da flor
Serena tempestade
Dos versos

Não consigo dizer todos eles
Que brotam

Talvez o abraço ...O beijo...
Desejos puros
Puros da solidão
Me despertem
No teu colo

Nada mais
Tive tudo
Tudo de um amor
Que invadiu e levou
O que era seu
Nada deixou para trás
Nem sonhos
Nem ilusões
Nada

Queda o silêncio
Que sempre tive
A poesia que não era minha

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