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Mostrando postagens de outubro, 2016

Folha caída

Palavras pisadas  O beijo de uma folha caída  Ao chão  Traz à lembrança os versos O vento que a flor levou O sussurro que não apaga Teus lábios de minha alma Em um dia distante do outro Falha de outono Fala de um beijo esquecido Deitado ao chão  que o verso carrega Para onde? Lugar algum eu sei...

Lá na frente

Porque lá na frente Tudo que precisamos aconteceu Tudo que olvidamos, está em algum Céu Mesmo a dúvida A mesma que sempre fica da certeza que temos De que o dia fenece e de que, com ele, morremos A incerteza, sempre ela, sempre à frente O travesseiro que nos acolhe e se faz de sonhos Tudo desfaz... cela para os que ficam O chão não é mais chão, é tapete que se tira   Um dia, sonhei que me deixavas, Deixavas apenas esse dia sem marcas Sem marcas, um límpido limbo A fé é a solidão de muitos e de poucos Nada é para sempre, dizias La na frente, onde há Sol Que se põem, que se levanta, que respira Não importa a crença, não importa o engodo Não importa o sonho ou o delírio Não importa a benção, a maldição não importa Porque lá na frente, tudo vale pouco e vale nada Na fé de poucos, o soluço, a solidão, há solução? De muitos e de poucos, pouco a pouco Verso a verso, ser a ser...   lá na frente