Lá na frente


Porque lá na frente

Tudo que precisamos aconteceu

Tudo que olvidamos, está em algum Céu



Mesmo a dúvida

A mesma que sempre fica da certeza que temos

De que o dia fenece e de que, com ele, morremos



A incerteza, sempre ela, sempre à frente

O travesseiro que nos acolhe e se faz de sonhos

Tudo desfaz... cela para os que ficam

O chão não é mais chão, é tapete que se tira 



Um dia, sonhei que me deixavas,

Deixavas apenas esse dia sem marcas

Sem marcas, um límpido limbo

A fé é a solidão de muitos e de poucos



Nada é para sempre, dizias

La na frente, onde há Sol

Que se põem, que se levanta, que respira



Não importa a crença, não importa o engodo

Não importa o sonho ou o delírio

Não importa a benção, a maldição não importa



Porque lá na frente, tudo vale pouco e vale nada

Na fé de poucos, o soluço, a solidão, há solução?

De muitos e de poucos, pouco a pouco

Verso a verso, ser a ser...  lá na frente

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