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Mostrando postagens de setembro, 2017

ADRIANO

Impronunciável, minha ausente palavra Faltavam águas frias e abertas a conquistar Todo céu, jogado ao verde e silencioso grito Da minha respiração Mar e maresia, imprecisa maré, me lanço e me jogo Preciso do nada e da dor Leve a dor que me leva Onde ondas, uma delas, é encontro De céu, água e ar Minhas mãos, uma a uma, ferem a superfície Para o fundo de mim mesmo alcançar Lá Ele, o todo poderoso, não sabe o que faz Eu sei Desfaço como a memória das águas Ausentes e improváveis Palavras nadam comigo Em todo lugar Poucas palavras Muita vida

ENTERNECER

Brisa Tarde Sabor forte Pele Umedece meus lábios Toque do sol Teu toque Sangue que ferve Acalento de mulher Caminhos Desvios Encruzilhada de encontros Sempre lembranças Versos diversos Pedidos vão-se embora Ficarias comigo Tu e a tarde ? Calor marcante Agora tremo Lábios Mordo os teus Forte sabor Fica a brisa De enternecer

MERGULHO

Beijam meus lábios Rastros de água A piscina transborda E me persegue Nadamos corpo a corpo Embriaga-me sua lucidez Segredos e cerveja O copo um do outro Onde o sol estava... Estava você, rastros e ilusões Óculos escuros abrandam a visão Água nos lábios me beijavam O mergulho envolvente De um abraço molhado... Subimos? Sozinhos? À tona? Ofegantes, distantes, acordados...