ADRIANO

Impronunciável, minha ausente palavra

Faltavam águas frias e abertas a conquistar

Todo céu, jogado ao verde e silencioso grito

Da minha respiração

Mar e maresia, imprecisa maré, me lanço e me jogo

Preciso do nada e da dor

Leve a dor que me leva

Onde ondas, uma delas, é encontro

De céu, água e ar

Minhas mãos, uma a uma, ferem a superfície

Para o fundo de mim mesmo alcançar


Ele, o todo poderoso, não sabe o que faz

Eu sei

Desfaço como a memória das águas

Ausentes e improváveis

Palavras nadam comigo

Em todo lugar

Poucas palavras


Muita vida

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