Postagens

Mostrando postagens de 2014

SORRISO ALADO

O coração Aperto você em meus braços O sorriso Colo meus lábios nos seus O silêncio Você diz que me ama A despedida Mais um mês se passou No céu um pássaro voa  Levando consigo Meu coração Meu sorriso Meu silêncio Minha despedida (Iraig 23/03/98)

Dactilografo

Imagem

Espelho cabisbaixo

Imagem
[O espelho d´água refletiu  hoje o  céu. C abisbaixo, vejo a imensidão que invade e pousa além,  muito além do que pude ver] Você estava lá e a onda se espalhou...

Nós plural

Saudades  plural       Suas e minhas Imortais Soltas no tempo Desencontros Um dia houve nós-acaso Caso perdido Nas entre-linhas Nos perdemos Nessa nossa mescla Oh sal.. que corre Pelas faces Uma jovem Outra nem tanto Um presente pretérito Que fincou

Solto no tempo

Sua forma silenciosa Decora meu espírito Não como pedras inertes Ou como um quadro na parede Tem em mim A recordação de um sentimento Que se distancia mais e mais Na perspectiva oca da vida Nossa nascente cidade Ao chão Entre ruínas repousa Vago solitário O vento soprou As cinzas do meu coração Levou E você morreu em mim Como quer ressurgir essa fênix? Me matou em você Mas vivo solto no tempo Que se amalgama em minhas juntas 30/12/1994

inundações

Aquela ingênua ideia Aquele ofegante beijo Aquele sonho realizado Aquela insaciável saudade Que nos queria imutáveis Que nos queria um no outro Que nos fez encontro Que nos queria sempre juntos Ela mudou e continua Ele não se repete Ele dorme profundamente Ela nos distancia sem lamentos Nas andanças, mudas Inundamos muito Não temos mais os corações No lugar certo que os deixamos Antes das águas

Humana natureza

Paisagem nua, seu pasto orvalhado, roçado Roçado roçando minha pele No capim novo nascendo pela vereda Pendão que avança o manto Nas grotas, gotas, ensejo seu desejo O jorro aguardado, águas de amor Ordenha que lida, que linda Lindos seios de perto, despertos, eretos À força, com toda força entregues Rendida, estendida à insígnia campestre Deitamos extenuados encharcados Pela manhã campestre que nos une Nos braços do amor à nossa humana Humana natureza  sem razão Sem razão desperta 

Ciclos

Cuidando de sonhos                         Desatino de paixões   Me jogo  nesta praia     num vai e vem  sem fim                                                                 Desperto pelos sinais Do tempo que  me revolta   Me lanço contra os rochedos                       Apaixonar               Desapaixonar Ciclos imperfeitos

Missing kiss

A missing hard  kiss Wanted... Always missing Always wanted

Além da chuva

Chovemos... Há telhados até próximos e  Telhados até distantes Chovemos mais um pouco  Além da chuva

Vida

Imagem
Vida lida: trabalho Vida lida: literatura Vida ida: morte Sem revolta: paz Sem volta: incógnita

aparte

Imagem
                                                        mas sem  você é  menos nós eu a parte                                                          

Gota de silêncio

Grita  o amor no silêncio que lancei seu nome Fala mais alto sua ausência Preciso calar abrandar a dor que lateja nessa manhã Resisto por um único motivo: não poder dizer que te amo quando te amo não poder dizer que te quero quando te quero não poder dizer que sou teu quando não mais me pertenço não poder te ter quando estas dentro de mim Resisto por outros motivos: não é você não sou eu é pelo mundo que nos rodeia pelo chão respiramos pelo ar que pisamos O tempo junta O tempo aparta Partir e deixar partir Não há deuses que unem não há contos de fada que encantem Mas há caminhos  a percorrer De-cisões a tomar Tomar até a última gota  de silêncio e deixá-la em nossa boca escorrer num beijo suave

Se o silêncio nos deixar falar

Você eu  nós A noite As palavras Minhas lágrimas Quero beijá-las O vento O tempo A chuva Meu desejo O nosso A vida A paixão Sonhos As músicas Tudo e nada Meu silêncio Dizendo Mais que palavras Versos a dois Saudades E o adeus Vontade de dizer O mais fácil é  difícil Dizer? Engasgadas palavras De amor Ficando para trás Aproveita, pode ser sua última chance Não Sim Talvez não Silencioso momento

Haikais de domingo

Foi eterno mas já passou melhor não olhar para trás Sonhos suturados, cicatrizes na alma                                                                                                  Cada manhã                                                                                                   um café diferente                                                                                                  mas o mesmo desejo Morrer, perder as referências Faz um ano que ela está morrendo Somos nós as referências

te ganhar, te perder

Sonhos não deviam namorar em tardes quentes de verão nem ir ao cinema muito menos deixar se fotografar nas retinas Deviam contentar-se apenas em habitar desejos ocultos da impenetrável alma Seus fundos olhos escuros flertaram comigo Acordei com você depois do filme Sonhos deviam sempre namorar e ir pra cama

Último amor

Minhas mãos Teu corpo Descubro Com o meu cubro A penumbra nos cobre Por um sonho de amor vivemos Uma tarde arde única em nossos corpos como a distância que fi(n)cará como o verão que sempre ardente  retorna como uma viagem  ao além imagem significativa tatuagem do infinito: isso também passa És a mais linda paisagem Meus olhos deslumbrados Em ti me perco por completo Na livraria não me livraria do teu olhar de Capitú Sempre nesta única tarde quando nosso corpo, nossa alma... Marcado me encontro Perco você, meu último amor, preciso... Navegar