Solto no tempo

Sua forma silenciosa
Decora meu espírito
Não como pedras inertes
Ou como um quadro na parede

Tem em mim
A recordação de um sentimento
Que se distancia mais e mais
Na perspectiva oca da vida

Nossa nascente cidade
Ao chão
Entre ruínas repousa
Vago solitário

O vento soprou
As cinzas do meu coração
Levou
E você morreu em mim

Como quer ressurgir essa fênix?
Me matou em você
Mas vivo solto no tempo
Que se amalgama em minhas juntas

30/12/1994

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