BREVE E VORAZ

Um casal passeia a mãos dadas
Um beijo e um minguante sorriso
Da Lua que se despe ao Sol
E deixa versos pela casa adentro
A breve e voraz sutileza de amar-te
Amar a morte que se lança ao mar
Em uma ressaca intempestiva

Noutro lugar, imagem refletida de uma paixão
Na placidez de um espelho d´água
Voz que grita, no peito ecoa...
Ecoa, ecoa ... quer sair
Quebrar a harmonia
Despedaçar-se em desejo
Ensejo louco como o beijo

Respostas sem perguntas
Conversas alçadas, imaginadas, apropriadas
Fazem de ti mais eu do que fui um dia
Somadas contas infinitas
De versos justapostos

Amanhã indecisa manhã
Um bom dia, um bom sorriso
Uma boa xícara de verSOS
Salva nossas almas
Adia o dia, adia a manhã

Qualquer manhã, qualquer dia
Ela no horizonte, ele no seu poente
Declarados versos assim como você
Escrevo breve e voraz o poema



(um poema com a participação toda especial de outras poéticas mãos)

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