QUE DIZER?

Ventos sopram vagas
Ondas de encontro
Me perco...


Contra o peito,
Se agigantam memórias
Livres? Impostas!


Ao arbítrio dos deuses
Desconhecidos
Amores clandestinos


Sobrepõe vidas e mares
Cidades levadas pela corrente
Rompida
A ressaca foi-se marinha


Com estilhaços de sonhos
Escreve em mim
Uma busca impossível
O céu ficou aberto


Uma porta que você fechou
Sem nada me dizer
Maravilhado
Estancado me deixou


Esse mar
Nessas grandes águas
Rio do esquecimento
Onde vou buscar quem?


Ela eu pouco conheci
Do desejo apenas o leme
Guia abismado
Ele me deixa cair


Abismo abaixo como flecha
Quando fincar
Essa viagem sólida
Que dizer? Lama, alma, mescla...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog